segunda-feira, 18 de março de 2013

Pilates na Gestação


A gravidez é uma época em que ocorrem na mulher intensas alterações musculoesqueléticas, físicas e emocionais. Há uma variedade de ajustes fisiológicos e endócrinos objetivando a criação de um ambiente ótimo para o feto.

Imagem da internet

Dentre as alterações musculoesqueléticas, destaca-se a mudança do centro de gravidade, que passa a ser mais alto e instável. As causas dessa mudança são o aumento das mamas e o deslocamento do útero para a região abdominal (o útero é um órgão pélvico até a 12ª semana de gestação). Como forma de equilíbrio, ocorre uma adaptação postural: o ventre é deslocado para frente (com conseqüente aumento da lordose lombar), a base de sustentação é aumentada (afastamento dos pés), a mulher assume a marcha anserina (inclina o corpo para um lado e para o outro, semelhante a um ganso). Também ocorre aumento da curvatura cervical e “enrolamento” dos ombros.

Essas compensações podem resultar em dores, principalmente lombar, sacro-ilíaca e cervical. A melhor forma de preveni-las ou minimizá-las é através de exercícios posturais, que irão alongar e relaxar músculos tensos e fortalecer os mais solicitados.

Sendo assim, o pilates é uma ótima opção, pois trabalha a estabilização da musculatura postural, proporciona fortalecimento e percepção da musculatura do assoalho pélvico (importante para sustentação do útero e no trabalho de parto), melhora equilíbrio e coordenação. Outro ponto forte é que todo o trabalho é feito sem sobrecarrega nas articulações, já que a gestante apresenta frouxidão ligamentar devido à influência hormonal. Ocorre hipermobilidade articular, podendo predispor a lesões, especialmente na coluna, pelve e membros inferiores.

Mulheres sedentárias podem praticar a partir do 3º mês de gestação, mulheres que já praticavam antes da gestação não necessitam interromper os exercícios, contanto que não apresentem nenhuma contra-indicação (risco de parto prematuro, gestação múltipla, hemorragia, entre outras). Em ambos os casos, é necessário liberação do médico obstetra e as aulas devem ser feitas com orientação profissional. 

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