Se
você tem dores que se irradiam para as pernas, acompanhadas de queimação e
dormência e está pensando que é inflamação do nervo ciático, você pode estar
enganado. Esses sinais podem ter outra explicação que gera os mesmos sintomas
da ciatalgia: Síndrome do Piriforme.
O nome pode ser novo para muitos, mas essa síndrome afeta milhares de pessoas que trabalham muito tempo sentadas
e ficam constantemente estressando a região glútea.
O
piriforme é um pequeno músculo profundo localizado na região dos glúteos.
Quando há um desequilíbrio entre forças musculares, ou seja, quando existe uma
fraqueza dessa musculatura, ocorre uma contração constante do piriforme para
manter a estabilidade, ocasionando sobrecarga. Como o nervo ciático geralmente
passa entre essa musculatura, pode ocorrer sensibilização no trajeto do nervo
com irradiação para um ou ambos os membros inferiores.
O
sintoma mais comum de pacientes com síndrome do piriforme está no aumento da dor depois de se sentar por mais
de 15 a 20 minutos. Os sintomas podem aparecer de maneira súbita ou
gradual, estão geralmente associados com espasmo do músculo piriforme ou a
compressão do nervo ciático. A síndrome pode causar dor profunda na superfície posterior do quadril e nádega, podendo se
assemelhar a choques, agulhadas ou formigamentos.
Pode
ocorrer dificuldade para caminhar e dor com a rotação interna da perna
ipsilateral, como quando se senta com as pernas cruzadas ou na deambulação.
Também pode haver aumento da dor ao correr, aos movimentos de rotação lateral
do quadril, durante os movimentos de sentar e levantar, ao ficar em pé, subir
escadas, descarga de peso excessiva, atividades que exijam muito agachamento ou
ficar sentado por longos períodos com a coxa em rotação externa. O
excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e
exagerado dessa musculatura, podendo causar compressão do nervo ciático e desencadear
a síndrome.
Muitos
ciclistas, triatletas e corredores apresentam esse tipo de patologia. A postura
na bicicleta e o tipo de corrida, como em treinos de subida, são alguns dos
fatores.
O
tratamento pode ser feito pelo médico no que diz respeito de uma medicação para
a inflamação desse nervo e também da fisioterapia para uma total reabilitação;
realizando um trabalho para a retirada da inflamação e o alongamento do músculo
piriforme.
O Pilates irá
agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome. A prevenção será
realizada através de um programa de exercícios individualizados que envolvem
alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril e
membros inferiores.
O
tratamento se dará através do equilíbrio das forças musculares atuantes sobre o
quadril, coluna e membros inferiores. Esse equilíbrio é necessário e de suma importância
para evitar recidivas. O objetivo principal do tratamento é permitir o retorno
ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva.